História
Na década de 1940, o empresário Francisco Matarazzo Pignatari (Baby Pignatari) adquiriu a propriedade da antiga Chácara Tangará, na atual região do bairro Panamby, com o intuito de construir uma residência para si e sua esposa Nelita Alves Lima. O terreno de aproximadamente 15ha localizado na região Oeste da cidade de São Paulo, às margens do rio Pinheiros, possuía o caráter de chácara urbana sendo também identificada como uma das poucas áreas remanescentes de vegetação nativa da mata atlântica da cidade.
Baby então contratou o arquiteto paisagista Roberto Burle Marx para projetar e executar o jardim da casa, sendo esta no caso, de autoria de Oscar Niemeyer com dimensões avantajadas possuindo aproximadamente 8.000m² de área construída. Contudo, no decorrer desse processo, Baby se envolveu com a princesa italiana Ira von Fürstenberg, decidindo por romper seu casamento com Nelita, fato que ocasionou na interrupção das obras por tempo indeterminado. A obra permanceu abandonada e sem grandes intervenções por conta de embargos na venda do terreno desde a década de 50 até meados de 90, quando então a área se transformou em um parque público de administração privada gerido pela Fundação Aron Birmann. Para isso, em 1991, o local passou por um plano de restauração executado pelo próprio Burle Marx requalificando o jardim lateral da casa, único que havia sido construído de todo o conjunto do projeto. A residência de Niemeyer, que seguia incompleta e que, portanto, se encontrava em avançado estágio de degradação, foi demolida na época dando lugar a um complexo de hotel de caráter neoclássico, hoje conhecido como Hotel Palácio Tangará.
Por fim, coube ao escritório KRAF - coordenado pela arquiteta paisagista Rosa Kliass - a elaboração do projeto do parque em si entre 1990 e 1993, articulando o jardim já implantado por Burle Marx com as áreas de reserva ambiental, caminhos de pedestres, áreas contemplativas e de lazer, transformando-o, portanto, em um parque municipal público como hoje é conhecido sendo inaugurado à população em 1995. Sendo assim, atualmente a área do Parque Burle Marx contempla um conjunto de espaços, sendo os de principal destaque:
Fonte: acervo Fundação Aron Birmann e (OLIVEIRA, 2003).
OLIVEIRA, Ana Rosa de. Nove anos sem Burle Marx. Arquitextos, São Paulo, ano 04, n. 037.01, Vitruvius, Junho, 2003. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.037/675. Acesso em: 24 out. 2018.